domingo, 24 de agosto de 2014

CERTIDÃO DE NASCIMENTO




Este texto é o primeiro de uma segunda vida do presente blog. Um texto em tal posição deve sempre assumir o cargo de dar a conhecer a razão da sua existência, portanto, de proceder à exposição do objectivo que com o blog se pretende atingir. Sucede que tal exposição é tanto mais difícil quanto não se tenha um objectivo perfeitamente delineado, como acontece in casu. De onde que resta somente a via da descrição do âmbito que levou à sua criação.

Um dos desígnios do meu intelecto é a tentativa de alcance de uma percepção total e objectiva da realidade. Trata-se de uma viagem por caminhos atribulados e incertos, onde, as mais das vezes, as nossas próprias crenças surgem como verdadeiros muros de Berlim separando duas realidades: a percepcionada por nós e a verdadeiramente existente. Por vezes o muro é tão alto (as crenças estão de tal modo enraizadas em nós) que passo mais tempo a superar cada muro do que a chegar ao seguinte. Nesta minha viagem tenho particular gosto em ir redigindo as várias conclusões que vou atingindo. Mas essa redacção tem igualmente uma razão prática: a tentativa de percepção da realidade abrange uma tal vastidão em matérias que esse caminho tem de ser percorrido por uma técnica de unpuzzle, que, por sua vez, necessita de ser acompanhada pela escrita, sob pena de se perder o fio à meada. O objectivo último será o de, analisadas todas as peças (se tal for alcançável), se proceder à reconstrução do puzzle a fim de se obter uma análise abrangente de toda a realidade.

É neste âmbito que se encontra o presente blog. Ele não é mais do que a publicação de alguns textos cujas folhas se foram acumulando em casa. Tendo-os aí amontoados, porque não os dar a conhecer? Desvantagens não parecem existir, e pode até se suceder ter alguém o interesse em se sentar neste transporte e acompanhar-me na viagem.

Por fim uma nota quanto à imagem de fundo do presente blog. Uma biblioteca enquanto manifestação máxima do conhecimento e intelecto do ser humano, quer pela paz e tranquilidade que proporciona, indispensáveis ao pensamento, quer pelos livros que alberga e que constituem exteriorização tradicional da capacidade do ser humano em transmitir informação. No meio da sala um sofá para conferir algum conforto ao meio de transporte do cérebro.

Bruno Miguel dos Santos Carrilho Tabaio
24 de Agosto de 2014

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